FIASCO NO
RIO 2012
O PSDB é
um gigante no cenário político brasileiro. O partido comandou o país com
Fernando Henrique de 1995 à 2002. Contudo, se tratando de Rio de Janeiro a
situação é diferente. A ultima vez que um tucano governou o Estado foi com
Marcello Alencar em 1995 à 1998. Na capital fluminense o desempenho é ainda
pior. O PSDB nunca conquistou a prefeitura da cidade maravilhosa. Nas vezes que
esteve no poder, foi com alianças políticas como na gestão de César Maia (93 à
96 – 2001 à 2008)
A
comprovação da antipatia Tucana na cidade do Rio, veio com os resultados das
eleições deste ano. O Deputado Federal Otávio Leite, candidato pelo PSDB a
prefeitura da cidade, ficou em 4º lugar com 1% dos votos arrecadando pouco mais
de 80.000 votos (80.059). Desempenho pífio se comparado ao Prefeito reeleito em
1º turno, Eduardo Paes, que ganhou 68% com mais de 2 milhões de votos
(2.097.733). O resultado só reitera a força de uma das mais bem sucedidas
parcerias entre PMDB-RJ e PT-RJ. Parceria que começou em 1998 com o Governo Garotinho/Benedita.
Essa união entre os partidos já garantiu 16 anos de poder Estadual e 8 na
Capital.
SEM RIO E
SÃO PAULO
O PSDB
amargou duras derrotas nas eleições de 2012. Além de não conseguir reverter o
quadro no Rio de Janeiro, os Tucanos deixaram escapar uma das mais certas
prefeituras do país: São Paulo. José Serra, que já chegou a ser candidato a
presidência do Brasil chegando até o segundo turno contra Lula, liderou toda a
corrida eleitoral, contudo Fernando Haddad virou o jogo e garantiu ao PT o
comando da maior cidade brasileira.
JUVENTUDE ATIVA
Uma das principais críticas que o PSDB recebe é a falta
de figuras novas no cenário político. Ao contrário dos seus rivais como PT e
PMDB, que sempre despontam com novos “craques”, os Tucanos são lembrados por
manter uma vanguarda experiente e, alguns, com imagem já desgastada ou sem
representabilidade.
Entretanto,
para o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso, a questão não é
uma reforma de personagens, e sim atitude. "O PSDB precisa, daqui por diante, de um discurso
convincente, afim com os problemas atuais do País.”
Uma dessas novas atitudes pode surgir da carioca Leticia
Maynard. Militante da juventude do PSDB há dois anos, ela garante que o partido
ainda tem muito fôlego e que um novo tempo está por vir. “Esse é um momento de
reflexão. Rever o que está errado e multiplicar o que deu certo.”
A mudança de ares é vista com cuidado por algumas lideranças.
Ao site do partido, FHC adverte que o mais importante são as ideias, não necessariamente novas, mas
renovadas para fazer frente às conjunturas. “Juventude, em si, não produz ideias novas”, declara.
O ex-presidente ainda apontou os rumos que o PSDB deve tomar
para recuperar espaço. “os antigos líderes não vão desaparecer, eles têm de
empurrar os novos para a frente".
Leticia concorda com seu líder e garante que a juventude
Tucana não quer apagar o longo trajeto percorrido pelos “velhinhos” (como se
refere aos atuais lideres do partido) e sim somar o vigor com a experiência.
“Não existe uma guerrilha. Queremos fazer o PSDB crescer
ainda mais e o deixa-lo com um discurso que alcance também aos jovens. Os
jovens não são o futuro do país, nós somos o país”, finaliza.
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